MIU Entrevista: Macaco Bong fala sobre auto-gestão e o CFE
Ney Hugo: A gente é de um coletivo lá de Cuiabá que chama Espaço Cubo, que é um membro fundador do Circuito Fora do Eixo. Na verdade o FDE não é um movimento de bandas. É um movimento de tecnologia social que trabalha muito a questão da economia solidária, como as moedas complementares, que são complementares ao Real pra viabilizar o acesso ao produto e a produção, tanto pro cara poder acessar a banda, o disco, DVD, filme, como pra ele poder também produzir aquilo.
Então tem alguns elementos que são carro chefe e a música é um grande carro
chefe disso. E a partir dessa movimentação que teve a ocupação de espaço que as bandas que fazem parte do CFE tomaram, tanto através do processo dos festivais quanto as turnês realizadas em rede. Hoje ao fazer uma turnê em Minas Gerais por exemplo é possível passar por diversas cidades e diversos coletivos através do Fora do Eixo Minas. Então isso que fez com que muitas bandas pudessem circular e foi um estímulo muito forte pra que muitas bandas surgissem. E ao mesmo tempo que a viabilidade daquilo provava que banda não precisava agradar a gravadora e não precisava de uma babá, porque na realidade a gravadora é uma babá. E as bandas começaram a entender a perspectiva da auto gestão, delas mesmo cuidarem dos elementos da carreira, dos elementos técnicos, dos elementos estratégicos e ao mesmo tempo teve uma melhoria estética por não ter o rabo preso com uma gravadora, rádio e tudo mais. A música começou a ser muito mais "vendida" nos shows do que nos CDs. Ainda tem a internet que mudou muito isso. Hoje o cara vai no myspace da banda e baixa as músicas, então o público passou a consumir muito mais isso. E a mídia de grande porte é claro que vai querer vender o jornal, vender a matéria que passa no programa de TV pra esse público que passou a consumir isso. E é aí que a grande mídia passa a vincular pautas a respeito das novas bandas e acaba que não tem mais música independente, é tudo música brasileira. O independente é só o cara que já entendeu, já ta na auto gestão e já ta mais sustentável. E o não independente é a galera que ainda busca a grande gravadora que é um mercado que ta cada vez mais morto e bandas que vão por esse viés já tem 90% de chance de dar errado.
Com o álbum Artista Igual a Pedreiro vocês alimentaram um projeto que na minha visão tem o formato do futuro da distribuição e do consumo da música, que é o Álbum Virtual da Trama.
Kayapi: Já que a tecnologia chegou a um ponto de que a gente consegue ter essas tecnologias de produção mais na mão, tudo se torna muito mais viável dentro dessa perspectiva. Que é fazer o lançamento em download permite você criar mais através dessa relação software e a internet. Tanto software de áudio e de vídeo como o upload e uma série de outras ferramentas que hoje em dia não param de surgir na internet. Então acho que hoje o mercado está cada vez mais caminhando pra isso. Está aprimorando o conhecimento em software e através desse software desenvolver produtos relacionados com o que você está desenvolvendo.
Vocês já se apresentaram em alguns festivais gringos. Que experiência vocês trouxeram pra cá?
Kayapi: Esses festivais na gringa são sempre bons. Você tem uma relação mais próxima com outro nível de produção, outros termos técnicos e tudo mais. Da experiência que ganhamos na Argentina não foi só o fato da gente tocar pro público argentino, mas sim conhecer como as casas noturnas trabalham, conhecer como os técnicos trabalham, os fotógrafos, cineastas e todo mundo. Que é muito interessante. E é realmente diferente. Uma coisa que pode ser que nós brasileiros não consigamos entender isso muito bem, o que é compreensível porque o nosso mundo ele é muito Brasil, é o fato dele não estar muito ligado com esse circuito da américa do sul, ele não faz parte dessa américa latina. Você não vê bandas do Brasil cantando em castelhano. Você pega o Mars Volta, que é dos Estados Unidos mas tem aquela relação com o México, tocam todos os anos na Argentina, tem tipo uma família na Argentina. A namorada do vocalista do Mars Volta é Argentina. E eles quase não toc am no Brasil. Então o Brasil ainda se encontra num patamar ao qual ele tem um puta fluxo de circulação, uma mega produção de rede, mas que não é integrado a América Latina. Então agora ele vai partir a se integrar nesse circuito da América Latina que é muito diferente. América Latina é Europa. Todo o parâmetro que você vai encontrar na América do SUl, como na Argentina, é o europeu. Brasil é Brasil. É uma coisa que só tem aqui. Só funciona aqui e acontece só aqui. Então essa experiência da gente ir pra Espanha é a mesma de ir pra Argentina, porém mais distante. Maior talvez.
Vocês fazem um trabalho forte em promoção da auto-gestão com oficinas e debates. Como é esse trabalho?
Kayapi: Eu acho que o Artista Igual a Pedreiro vem cada vez mais levantando a bandeira nesse sentido. Muitas bandas vem vestindo a camisa dessa proposta. Mais do que vestindo a camisa elas vem adotando isso como conteúdo programático. Temos como exemplo o Burro Morto e Caldo de Piaba que estão na mesma perspectiva do Artista Igual a Pedreiro, ou seja, facilitar ao máximo para que as coisas possam ocorrer, acreditando, investindo e ocupando muito espaço. O Burro Morto é uma banda que assim como o Caldo de Piaba vem consagrando seu espaço. Não só pelo fato delas serem bandas instrumentais, temos também a Mini Box Lunar, o Nevilton, e toda uma galera que vem nessa perspectiva do Artista Igual a Pedreiro, construindo seu caminho através de tijolo por tijolo, investindo e acreditando numa causa. Então a mensagem principal do Artista Igual a Pedreiro é acreditar na sua causa. Acreditar nisso através de uma meta racional. Planejar, executar, utilizar das ferramentas disponíveis tanto na tecnologia quanto da parte mais prática mesmo e tocar o trabalho pra frente.
Com o crescimento da banda a auto-gestão não fica comprometida?
Kayapi: Em nenhum momento. Não tem como a auto-gestão se desvincular da banda.
Ney Hugo: Na verdade a auto-gestão é o que retro-alimenta o crescimento da banda. Então não tem como ser ao contrário.
Kayapi: Mas claro que não é assim também. Tipo a gente tem uma banda, amanhã a gente começa a fazer parte do coletivo, e no outro mês a gente está circulando que a gente vai conseguir adaptar isso. Não, é bem difícil. É um processo em que você tem que estar o tempo todo buscando conciliar essas duas atividades, porém uma não caminha sem a outra. A parte do trabalho da gestão em cima do núcleo que você é responsável dentro do seu coletivo caminha. Ela pode caminhar sem a banda. Mas a banda não caminha. Na banda se você não tiver uma contra partida, se você não tiver uma função estabelecida dentro desse conteúdo todo, vai ser muito difícil dela conseguir caminhar. Isso porque você precisa de técnicas práticas e teóricas pra tudo acontecer. Então é planejamento. Uma turnê que você faz requer um puta planejamento. Os ensaios pra poder agendar e fazer acontecer pra gravar um EP é um outro planejamento. Apesar de ser um ponto bem pequeno dentro de todo o circuito, é muito importante, claro. As bandas tem que ensaiar, tocar, gravar e tudo mais. E isso requer uma sistematização. Você tem cada vez
mais o empenho de desenvolver novos tecs, novas planilhas, ver como você vai estar sistematizando e organizando cada vez mais isso. Conseguir gerenciar seu trabalho na sua cidade e também fora dela. Que é uma meta bem difícil. Porém é uma experiência muito realizadora, aprendi muito. É um laboratório de produção de verdade.
Fica o espaço pra alguma mensagem que a banda queira passar.
Kayapi: Diante disso tudo que a gente vem colocando aqui como Circuito Fora do Eixo que vem desenvolvendo essas novas tecnologias de rede. Você que tiver disposição, pode ser músico, ou pode muitas vezes ainda nem exercer alguma atividade nesse sentido, mas só a sua disposição, vontade de fazer já pode mudar muito a sua vida, os seus caminhos. A sua meta pode talvez não ter muito a ver com o rock mas você pode se encontrar aqui dentro. Você pode se ligar ao audiovisual por exemplo. Então o Circuito Fora do Eixo está aberto, a rede está completamente aberta, sinta-se a vontade pra vir e propor. Com vídeo, ou sem vídeo. Com música ou sem música. Com a sua própria vontade de se inteirar disso aqui. Tem núcleo de comunicação, sonorização, produção de eventos, produção de bandas e etc. Então fica o convite. Acesse www.foradoeixo.org.br e acompanhe tudo o que acontece no Circuito Fora do Eixo.
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MIU Indica: Bárbara Eugênia - Journal de BAD
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MIU Indica: Zeitgeist
Trailer de Zeitgeist: Moving Forward
Links
Site oficial
Zeitgeist: O Filme (legendas em pt/BR)
Zeitgeist Addendum (legendas em pt/BR)
Zeitgeist Movement
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MIU Entrevista: Finlandia, o duo que vale por mil
O show foi incrível e certamente roubou a atenção do público. Nem o dia chuvoso conseguiu desanimar a galera que pulou como poucas vezes vemos nos festivais. Confira a entrevista logo abaixo e conheça a banda em www.finlandiamusica.com.
Maurício: O nome é porque na Finlandia a música tem uma característica melancólica, um pouco dramática. Então a imagem que o país Finlandia nos passa é essa.
Raphael: E tem uma língua chamada Finklandia que quer dizer música de viajante. Saiu até uma nota na Argentina falando disso. Que é o prefixo fink. E tem tudo a ver com a gente, porquê nós não paramos de viajar.
O som de vocês é bastante experimental com uma mistura entre o eletrônico e a música folclórica. Vocês usam instrumentos eruditos, no caso o violoncelo, populares, como o acordeon, e moderno, que seria as programações. Como é essa mistura?
Raphael: A gente fica até meio preocupado em entrar no palco em festivais como aqui no Marreco, no Calango, que foi praticamente palcos de música que tinham bandas com guitarra. Claro que tem uma diversidade muito grande. Hoje em dia o público é muito mais eclético. Mas a gente sempre fica com um friozinho na barriga. A gente pensa: ta rolando um rock e agora a gente vai entrar com uma Cumbia. O que vai acontecer? A gente nunca sabe. Mas a aceitação está sendo boa, até porque é um projeto instrumental. Então a gente até se surpreende por estar conseguindo se bancar, fazer turnê e tudo mais. Vamo ver onde isso tudo vai dar. Mas eu vejo também muitas bandas instrumentais se dando muito bem. Acho que o mercado pra música instrumental está crescendo muito no independente, que é muito dependente. Então vamo ver onde isso vai dar e se divertir, porque é isso que importa.
As vezes uma associação mais óbvia é com o Tango Eletrônico, e o maior expoente do gênero é o Gotan Project. Então como vocês vêem essa aproximação do Finlandia com o Gotan?
Maurício: O tango eletrônico é sim uma influência. Gotan Project é mais conhecido. Mas existe muitas outras bandas de tango eletrônico que tem na Argentina e na Europa.
Raphael: Certamente essas são uma influência pra nós. A música folclórica nos atrai muito também. Música folcórica digamos tradicional também combinada com o eletrônico. Fazer essa fusão e colocar o violoncelo que é um instrumento erudito, com um timbre muito erudito. Tinha um cara alí querendo me reger sinalizando com as mãos. Então é um instrumento que trás essa carga visual e sonora.
Esse tanto de estilo folcórico fundido no som de vocês mostra um comprometimento com o estudo das músicas populares, a busca de sonoridades e influências. E até mesmo o estudo erudito, no caso do violoncelo. Como é esse processo?
Raphael: A gente ta bem preocupado com isso. Em analisar bem os ritmos. Até porque a gente passou por alguns países e presenciamos alguns ritmos maravilhosos que eu particularmente não conhecia, que é o Huayno do norte argentino e vários outros. A gente é muito preocupado em focar aí pra daí fazer a fusão.
A banda agora ta vivendo na estrada. Desde julho foram mais de 50 shows. Como está sendo essa experiência?
Maurício: É difícil. Não voltar pra casa é complicado.
Raphael: A gente começou dia primeiro de julho lá no Chile e a idéia era fazer dez shows. E chegou hoje a 54. Mas é o que eu estou sempre falando. A gente vai passar o natal em casa com a família. Porque estamos a seis meses viajando. A cara de cansado não nega. E que bom né.
Maurício: Que bom mesmo. Porque é difícil poder fazer isso tocando música instrumental.
Vocês já tem um EP e um CD. Quais os planos pra frente?
Raphael: A gente ta muito feliz com os planos que estão acontecendo para o próximo ano. Tem muita coisa que estamos planejando mas primeiro a idéia é lançar um novo CD que chama Carnavales, que vai ser lançado em março, e vai abranger carnavais da américa do sul. Carnaval da Bolívia, do Uruguai, carnavais que a gente pode dar uma olhada e tem uma outra veia, que não é tão folia como no Brasil, mas que é muito profundo, até dramático. Eles tem uma vestimenta própria, usam máscaras. E a gente quer trazer um pouco disso. Estamos estudando os ritmos e vai entrar alguns como Saya, Baguala, que são ritmos aí dos nossos países vizinhos que a gente mal conhece. E o bom desse disco é que estamos conseguindo várias participações muito legais. Não vou divulgar agora porque ainda não estão gravadas, e só acredito quando estiverem gravadas. Mas estão confirmadas participações muito legais do Brasil, do México, da Argentina, do Peru, de Cuba e do Chile. Aí pro próximo ano outra turnê dessa gigantesca, mas vamos passar o natal em casa. (risos)
Fica o espaço pra qualquer assunto que queiram abordar.
Raphael: Tem muita musicalidade legal dos nossos países vizinhos aqui, da Bolívia, Uruguai, e a gente não conhece. Eu também não conhecia. Conheci nesse projeto um ritmo que eu fiquei apaixonado que é o Huayno. E tem muitos outros maravilhosos. Igualmente do outro lado. Eles não conhecem muita coisa daqui. E a gente tem uma riqueza gigantesca. Eu queria que as pessoas procurassem mais conhecer os países vizinhos. E eles também. A gente tem a ciranda que é maravilhosa, o maracatu. E eles tem a Saya, Copla, Baguala, Huayno que são ritmos maravilhosos também. Vale a pena dar uma pesquisada e escutar esses sons.
Sábado o show é em Uberlândia. Que mensagem vocês querem mandar pro pessoal?
Raphael: Apareçam no Vinil mas vá com vontade de dançar. Se não tiver com vontade de dançar tome um energético, sei lá, uma bomba pra poder dançar muito.
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O capítulo final do Diário de um Palhaço
Diário de um palhaço- 3º dia
Hoje foi ultimo e decisivo dia da oficina, o mata moscas esta quase aposentado, mas nossa generala ainda o ergue em alguns momentos, estou mais seguro, ou não, melhor ainda estou mais seguro na minha insegurança, quando o nariz vermelho entra em cena, me desconstruo, me descrio, me sinto uma criança olhando o mundo pela primeira vez, sobre a incrivel perspectiva acima de uma esfera vermelha. Sinceridade, vontade, timidez, medo, felicidade, desconcerto, tudo flui de uma forma mais simples e pura, consigo me diluir cada vez mais. Tutti nasce, em um desfile, inseguro, exitante, poético em seu mundo silêncioso cercado de cometas, histórias em quadrinho e paixões, me emociono ao falar dele, tão eu, mas um eu em estado liquido sem a dureza do ser Artur. Contece um batismo e saimos para o mundo real, tudo é lindo, uma vontade de tocar e acariciar e brincar me domina, tudo é tão colorido e delicioso, os doces, as pimentas até a cachaça do Mercado Municipal me parece diferente, preciso de um nariz melhor por falar nisso, senti muita falta dos cheiros e do respirar profundamente, mas isso posso providenciar com o tempo. Quando tiro o nariz e volto para o mundo solido demoro um tempo para encontrar minha lingua, o silêncio mágico me domina por um tempo a mais. Estar em estado de Clown é se apaixonar a cada instante pelo ser, pelo estar, pelo viver. A despedida será triste, mas tenho certeza de que sempre lembraremos do dia em que nascemos palhaço.
Artur Ayroso
O último dia. E aí que se fecham as cortinas e a magia termina?! Não, pelo contrário, é o dia do nascimento do clown. Simples, mais eu do que eu mesma, graciosa e curiosa com o mundo lá fora. Treinamos diversos números, todos muito tímidos, mas que arrancavam boas gargalhadas!
Nariz colocado, "eu Maria Clowndia, te batizo Risólis, para alegrar o mundo!", que emocionante. O mata moscas era a espada dos cavaleiros da Távola, fomos ali nomeados os cavaleiros da alegria! Pudemos então descer até o pátio do mercado e conhecer melhor a figura do nosso palhaço, e esse contato foi muito intenso pra mim. As pessoas dão um sorriso sem perceber, afinal aquela figura é emblemática e traz muitas lembranças. Mexe com todos, mexeu muito com meu coração.
Agora o desabrochar de Risólis é comigo, portanto, não estranhem se encontrar por aí uma palhacinha colorida e cheia de charme!
Jamile Salomão
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MIU Indica: "Vida sobre rodas"
Como estudante de jornalismo, o que mais me impressionou foi a maneira preconceituosa que a mídia tratava os skatistas no início do movimento. Mostra o poder de destruição que os formadores de opinião tem quando o assunto é cultura urbana e undergroud. Nada que impedisse que esses caras conquistassem o mundo sobre rodinhas!
Como o documentário é independente, vai ser mais fácil procurar na internet depois. Mas quem tiver a chance de ver, vai entender bastante como as questões políticas e econômicas influencia no surgimento de movimentos culturais urbanos.
Se não conseguir achar "Vida sobre rodas" por aí, dá pra ter uma ideia do que era ser skatista 20 anos atrás pelo documentário "Dirty Money", sobre uma fita VHS de skate, a primeira do gênero feita no Brasil. Esse tem download gratuito no site.
Já que embed do trailer de "Vida sobre rodas" deu tilt (todos os 5 que tentei), é só clicar aqui pra ver do que se trata!
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MIU Notícias: Festival UdiRock 5ª Edição
Entre os dias 1 e 5 de dezembro de 2010 todos poderão conferir os shows no Fever Bar, no Vinil Cultura Bar, no C.C. Veredas e para finalizar, na Praça Sérgio Pacheco, linkando o evento ao tradicional Arte na Praça.
Bandas que são destaques no cenário independente como O Lendário Chucrobillyman(PR), Daniel Belleza e Os Corações em Fúria(SP), Black Drawing Chalks(GO), Bang Bang Babies(GO), Os Cabeloduro(DF), Chris Murray(USA) e Fusile (MG) passarão por aqui.
A programação está eletrizante e além das atrações musicais conta uma mesa-redonda e exibição de filmes que acontecerão nos dias 01, 02 e 03, no C.C Veredas, com entrada gratuita.
Confira a programação completa no site oficial.
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Pela liberdade de informação
A rádio é mais ou menos isso, os caras tem um aparelho que reproduz e trasmite música lá do outro lado da cidade e você tem um aparelho que só recebe na sua casa ou no seu carro, mas quem coloca os CDs não é você, é o Dj e é o patrão dele quem escolhe quais músicas irão tocar e quantas vezes irão tocar, e assim ficam martelando aquelas mesmas músicas "as melhores", repetidas um cem número de vezes por dia e depois essas mesmas músicas são tocadas na tv aberta e nos canais de videoclipes nos horários de pico de audiência, independente de sua qualidade musical, além dos canais de notícias de celebridades e revistas que se dedicam a relatar cada detalhe da vida e da carreira destes mesmos artistas que não passam de uma dúzia num universo de milhares existentes.
A grande problemática das midias de massa é que elas tem o poder de atingir um enorme número de pessoas simultaneamente e abusam desse poder para manipular e influenciar a opinião pública, a moda e o mercado, restringindo o acesso a informação, fazendo lavagem cerebral para defender os interesses particulares dos grupos que são donos delas.
Dentro desse contexto, será que podemos dizer que existe liberdade informação? Antes da internet isso era muito mais forte, pois esse era a único meio da população ter acesso a informação, o mecanismo de influência da rádio e televisão, defendendo o interesse das grandes corporações era muito mais eficiente, esse mecanismo representava no final, vendas astronômicas de CDs, DVDs. livros e merchandising e muito lucro, por isso as midias físicas tinham tamanha importância e agora estão caindo, mas isso não quer dizer que nos dias de hoje as mass midias ainda não tenham um grande poder de influência em uma grande da parte população.
Antes da internet, para se ter o direito de escolher a música que se queria ouvir era preciso recorrer a sebos ou ir na casa de um amigo que colecionava vinis ou CDs, com fitas cassetes na mão e fazer copias, com a mp3 isso mudou, foi uma revolução que ampliou muito o acesso a informação, por isso a grande indústria acusa quem compartilha os arquivos mp3 de pirataria, quando isso não é verdade, porque a internet é uma midia que agrega características tanto das midias físicas como das midias de massa, além de servir também como meio de comunicação muito mais barato que o telefone, se paga para ter acesso a internet e buscar a informação que se desejar e se comunicar com os outros internautas, com a internet pela primeira vez houve liberdade de informação, com a internet as grandes corporações viram seus lucros bilionários e o poder de influência das midias de massa que defendem os seus interesses serem ameaçados.
A internet acabou com o monopólio da informação, estamos no meio de uma guerra ideológica, está havendo um grande conflito de interesses no mundo tudo, começou quando apareceu o Napster, que foi o primeiro programa de compartilhamento de arquivos na internet, que não por acaso era de troca de mp3, na época o Napster foi processado e tirado do ar, logo em seguida muitos outros programas e sites que utilizam outros métodos de compartilhamento de arquivos apareceram e continuaram sendo combatidos pela grande indústria, hoje o conflito continua e está cada vez maior, a indústria está fechando o cerco em alguns países que defendem os seus interesses, mas surgem também cada vez mais sites e novos métodos de compartilhamento de informação junto com o desenvolvimento de novas midias sociais e sites de relacionamento.
Os sites de torrent foram banidos dos Estados Unidos, mas o Pirate Bay é hospedado na Suécia pelo Partido Pirata, um partido novo que defende a liberdade de informação como direito universal, argumentando que a lei de copyright foi criada para restringir o acesso a informação, que o direito a informação deve estar na base dos direitos humanos. Isso é uma coisa nova. Pessoas lutando pelo direito a liberdade de informação, muitas pessoas num passado recente lutaram pelo direito de liberdade de expressão, contra a ditadura, contra o autoritarismo que dominava os governos tanto de direita como de esquerda no mundo inteiro, as ditaduras matavam e prendiam pessoas acusando-as de subversão e traição e agora as grandes corporações prendem e calam as pessoas acusando-as de pirataria.
Muitas pessoas viviam na ditadura e achavam que era natural não haver liberdade de expressão, até que algumas começaram a perceber que havia alguma coisa errada ali e resolveram lutar. Antes da internet a maioria das pessoas achava natural não haver liberdade de informação, nossa geração deve lutar por ela.
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MIU Entrevista: Garage Fuzz
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Fotografia que se perpetua em reminiscência
Conversamos com a artista sobre seu processo de criação e sobre como podem se dar as relações propostas na obra:
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MIU Indica - Primeiro Encontro de Fotografia
Essa entrevista foi o piloto da coluna "Como Diria Duchamp" voltada para Artes Visuais.
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Feiju com Chorinho
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Programa ClipArt entrevista Dom Capaz
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Vídeo Manifesto de apoio a continuidade de Juca Ferreira no Minc
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Festival UdiTango
Festival UdiTango
De 17 a 21 de novembro
Uberlândia - MG
(34) 9187-0972
Mais informações no site do festival.
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Futurível: Macaco Bong e Gilberto Gil juntos em SP e na web
O time desse encontro é composto ainda pelo DJ e produtor Alfredo Bello (DJ Tudo), a Banda de Pife Princesa do Agreste e VJ SCAN. Mais do que a estética antropofágica deste encontro de ritmos aparentemente incomunicáveis, #FUTURIVEL representa uma "passagem de bastão". Um dos principais nomes do novo cenário se encontra com um dos maiores ícones e militantes da história da música e da cultura brasileira.
Os relatos, epifanias, sacadas, surpresas e imagens deste momento histórico vem sendo difundidas por cobertura colaborativa que já tem acompanhado os ensaios desde o Estúdio Palco, de Gil, no Rio de Janeiro e atinge seu ápice com o registro e transmissão ao vivo do evento diretamente do @Audibira.
futurivel.org.br/cobertura
Assista #FUTURIVEL ao vivo:
futurivel.org.br
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MIU Indica: Noite Fora do Eixo traz Finlandia (ARG)
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O duo já veio a Uberlândia em meados desse ano, no Goma, e no dia 11 de dezembro eles voltarão à cidade para inaugurar a primeira Noite Fora do Eixo realizada nessa nova fase do Coletivo Goma. A apresentação será no Vinil Cultura Bar e faz parte da nova jornada de shows do Finlandia, que terá início nesta semana, passando por festivais independentes, como o Calango (MT), e mais dez cidades nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal.
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MIU Indica: Festival Musgo de Artes Integradas
No último dia de festival, 13/11 todos estão convidados a se reunir no CC da UFU Santa Mônica, a partir das 20:00hs, para curtir muita música boa com as bandas: Animais na Pista (Udi), Alquimia para Iniciados (Udi), Tram-Panumbras (Udi), Juca Cilatra (PA) e Los Porongas (AC-SP)
Navegue na programação completa pelo site oficial e não deixe de conferir de perto o festival !
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Diário de um Palhaço
José Carlos Queirolo nasceu em 1889, em Bagé- RS. Sua família já era famosa no circo, já haviam rodado o mundo conhecidos por seus números de acrobacias e pirâmides humanas. Se fixaram em nosso país em 1910 e apresentavam-se na fronteira, naquela cidade em que um lado da rua é Brasil – a cidade de Livramento e do outro é Uruguai – a cidade de Rivera.
Através de seus estudos, preconizou a figura do Palhaço Excêntrico no cenário circense nacional. Segundo registros do acervo histórico do Jornal Folha de São Paulo, o mestre Chicharrão foi o primeiro palhaço brasileiro a apresentar um estudo técnico deste personagem no mundo das artes, precisamente em São Paulo no ano de 1927. Tornou-se, pois, mestre e líder. Realizou durante longos anos suas pesquisas sobre o palhaço e o riso proveniente das fantasias do público.
Sua indumentária era composta de um jaquetão maior do que o seu tamanho, bem exagerado, sapatos nº 84, bico largo e sua desproporcional bengala que o acompanhou durante anos. Usava chapéu coco preto. Sua maquiagem expressava a alegria do picadeiro. (Trechos retirados de artigo encontrado no site de Pesquisa do Instituto de Artes da Unicamp)
Diário de um palhaço- Segundo dia (09/11/10)
Artur Ayroso
Tem dias em que acordamos e já sabemos que o que vem pela frente não será bom. Hoje meu dia foi assim... de cama. Fiquei dodói e tive que interromper minha jornada "palhacística". Confesso que meu pensamento ficou vagando por lá o dia todo, escutando as risadas e imaginando como todos estariam se divertindo. Hoje retomo minha jornada e continuo contando tudo a vocês !
Jamile Salomão
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E o palhaço o que é ?!
" Traçar a história do palhaço é contar como o circo nasceu, a arte de espetáculo e entretenimento mais antiga que existe no mundo [...] o palhaço vem da antiga função que tinha o bobo da corte de fazer o Rei se divertir. O bobo da corte surgiu há mais de 2.500 anos antes de Cristo e de acordo com o Ministério dos palhaços foi durante a Dinastia do Faraó Dadkeri-Assi que o bobo da corte começou suas primeiras atividades como profissão.
A Comédia Del Arte, que surgiu na Europa na Itália no século XVI, acabou por utilizar o modelo do bobo da corte, para criar seus espetáculos. Máscaras divertidas e diferentes, roupas largas e sapatos engraçados foram as características mais marcantes das comédias produzidas por esses grupos de teatro. Além das típicas piadas criadas para divertir o público, com uma pitada de sarcasmo e até romantismo.
A fusão entre o bobo da corte, os atores da Comédia Del Arte e o Circo, acabou dando origem ao palhaço que conhecemos hoje. Sua história é um misto de criatividade, evolução e mudanças. "
Dos dias 08/11 ao dia 11/11 acontece na Associação de Teatro de Uberlândia (ATU) a Oficina de Palhaço com Maria Cláudia Lopes, e eu e o Tuty (Artur Ayroso) resolvemos embarcar no mundo mágico dos Clowns e contar em detalhes pra vocês toda a nossa vivência!
Diário de um Palhaço – Primeiro dia
Ainda não posso me afirmar um palhaço ou Clown, como muitos chamam, posso dizer que comecei minha caminhada para a descoberta desse ser em mim, mas comecei meio torto, esperava uma construção, criar um personagem, interpretar alguém que não fosse eu, me distanciar de mim, senti calafrios quando descobri que o Clown é mais eu do que eu mesmo possa ser. Não precisava interpretar nem tentar ser engraçado, do contrário, precisava ser eu mesmo, com um detalhe a mais, um belo e discreto nariz vermelho. Nunca pensei que ser eu fosse tão difícil.
A oficina tem um general, ou melhor, uma generala, afinal de contas fazer palhaçada esta me parecendo algo mais sério do que eu imaginava, a grande arma dessa generala é o assustador mata moscas, sim, um mata moscas, desses que tem na cozinha da casa da vovó, e muitos apanharam com ele hoje, ainda mais quando Seu Jack não mandava e agente fazia, parece brincadeira de criança, mas é algo muito sério, tem que ter muita atenção, respeito as crianças que são boas nisso.
Esse primeiro dia foi incrível, risadas lágrimas e certa apreensão de minha parte, ainda estou meio inseguro, ser Clown é se despir, de uma forma profunda e encantadora, tenho minhas dúvidas de minha capacidade de me expor dessa forma. Dançar dança do ventre e interpretar dois personagens de uma cena de horror em alemão e ainda ser encantador é muito difícil.
Até amanhã!
Tuty
Já estou nesse universo do Teatro há algum tempo e sempre tive muita vontade de conhecer mais a fundo o universo dos Palhaços, ou Clowns. Interessante como a simplicidade e a pureza desses personagens nos encantam e nos tocam a fundo.
Nesse primeiro dia de oficina tive meu primeiro contato. Despir-me para todos, no bom sentido da palavra (rs), deixando todas as minhas fragilidades e inseguranças a mostra. A unica ferramenta de proteção que eu tinha era um bonito nariz vermelho (que dificultava muito minha respiração por sinal). Sentada numa cadeira, todos olhando pra mim e eu sem poder fazer nada. Nessa hora a vontade de fazer alguma gracinha é bem para proteção mesmo, mas eu me deixo o mais natural possível, e os risos começam a surgir.
Que delícia essa sensação de fazer bem ao outro!!! É incômodo porém a vontade de não sair daquele palco nunquinha é a que domina, e ali eu permaneço até me mandarem embora.
E hoje tem mais .... Adelante !
Jamile Salomão
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MIU na Estrada - Cobertura da Festa de Lançamento do Novas Tendências
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MIU Indica: "Os anos de chumbo" no Cine Clube Cultura
Direção de Sílvio Tendler
Direção de Alexandre Rampazzo
Direção de Roberto de Oliveira
Direção de André Ristum
Depoimentos e debate com os professores Afonso Celso Lana Leite (Curso de Artes Visuais - UFU) e Evandro Afonso do Nascimento (Instituto de Química – UFU)
Mediação do professor Alexandre Sá Avelar (Instituto de História - UFU)
Direção de João Godoy
Direção de João Batista de Andrade
Direção de Chaim Litewski
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Killer Klowns lança novo EP em show com Angra
A formação atual da banda conta com William nos vocais, Teets na guitarra, PC no baixo e Baby na bateria. Conversei com baterista Baby sobre o novo disco, ele disse que a banda está com boas expectativas, visto que a qualidade de produção e divulgação de “Women Pleaser” superou em muito o primeiro trabalho, consequência das parcerias e do forte empenho da banda.
O comprometimento do Killer Klowns com o público e com a própria música restou claro, Baby disse, ainda, sobre a importância do apoio do público para o Killer Klowns: “Está sendo para nós um marco enorme ver tanta gente gostando da banda, procurando cd, comprando nossas coisas e dando importância ao nosso trabalho”.
Participação: Banda Killer Klowns
Data: 12 de novembro de 2010.
Local: Acrópole (Rua José Rezende, nº 4.090, Bairro Custódio Pereira)
Horário: 22:00 hs
Ponto de venda: Os ingressos estão sendo vendidos na loja Pãdora, situada à Rua Tenente Virmondes, 507, Centro.
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Amigos, curiosos, colaboradores e admiradores da sétima arte compareceram ao local para prestigiar a produção local.
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Marcadores: Cinema, Jamile Salomão, MIU TV