MIU Entrevista: Macaco Bong fala sobre auto-gestão e o CFE
Macaco Bong é uma das bandas independentes em destaque e nessa entrevista eles falam um pouco sobre como funciona o Circuito Fora do Eixo onde vestem a camisa e lideram a causa. A conversa passa pela auto-gestão, experiência fora do país, relação do independente com a grande mídia e etc.
O Circuito Fora do Eixo nasce em partes pela falta de espaço das bandas independentes na grande mídia. E hoje depois de toda uma lógica já estabelecida e um público consolidado mudou um pouco isso. Agora a grande mídia quer incorporar as bandas do Fora do Eixo na sua programação. Vocês como construtores desse circuito, como avaliam isso?
Ney Hugo: A gente é de um coletivo lá de Cuiabá que chama Espaço Cubo, que é um membro fundador do Circuito Fora do Eixo. Na verdade o FDE não é um movimento de bandas. É um movimento de tecnologia social que trabalha muito a questão da economia solidária, como as moedas complementares, que são complementares ao Real pra viabilizar o acesso ao produto e a produção, tanto pro cara poder acessar a banda, o disco, DVD, filme, como pra ele poder também produzir aquilo.
Então tem alguns elementos que são carro chefe e a música é um grande carro
chefe disso. E a partir dessa movimentação que teve a ocupação de espaço que as bandas que fazem parte do CFE tomaram, tanto através do processo dos festivais quanto as turnês realizadas em rede. Hoje ao fazer uma turnê em Minas Gerais por exemplo é possível passar por diversas cidades e diversos coletivos através do Fora do Eixo Minas. Então isso que fez com que muitas bandas pudessem circular e foi um estímulo muito forte pra que muitas bandas surgissem. E ao mesmo tempo que a viabilidade daquilo provava que banda não precisava agradar a gravadora e não precisava de uma babá, porque na realidade a gravadora é uma babá. E as bandas começaram a entender a perspectiva da auto gestão, delas mesmo cuidarem dos elementos da carreira, dos elementos técnicos, dos elementos estratégicos e ao mesmo tempo teve uma melhoria estética por não ter o rabo preso com uma gravadora, rádio e tudo mais. A música começou a ser muito mais "vendida" nos shows do que nos CDs. Ainda tem a internet que mudou muito isso. Hoje o cara vai no myspace da banda e baixa as músicas, então o público passou a consumir muito mais isso. E a mídia de grande porte é claro que vai querer vender o jornal, vender a matéria que passa no programa de TV pra esse público que passou a consumir isso. E é aí que a grande mídia passa a vincular pautas a respeito das novas bandas e acaba que não tem mais música independente, é tudo música brasileira. O independente é só o cara que já entendeu, já ta na auto gestão e já ta mais sustentável. E o não independente é a galera que ainda busca a grande gravadora que é um mercado que ta cada vez mais morto e bandas que vão por esse viés já tem 90% de chance de dar errado.
Com o álbum Artista Igual a Pedreiro vocês alimentaram um projeto que na minha visão tem o formato do futuro da distribuição e do consumo da música, que é o Álbum Virtual da Trama.
Kayapi: Já que a tecnologia chegou a um ponto de que a gente consegue ter essas tecnologias de produção mais na mão, tudo se torna muito mais viável dentro dessa perspectiva. Que é fazer o lançamento em download permite você criar mais através dessa relação software e a internet. Tanto software de áudio e de vídeo como o upload e uma série de outras ferramentas que hoje em dia não param de surgir na internet. Então acho que hoje o mercado está cada vez mais caminhando pra isso. Está aprimorando o conhecimento em software e através desse software desenvolver produtos relacionados com o que você está desenvolvendo.
Vocês já se apresentaram em alguns festivais gringos. Que experiência vocês trouxeram pra cá?
Kayapi: Esses festivais na gringa são sempre bons. Você tem uma relação mais próxima com outro nível de produção, outros termos técnicos e tudo mais. Da experiência que ganhamos na Argentina não foi só o fato da gente tocar pro público argentino, mas sim conhecer como as casas noturnas trabalham, conhecer como os técnicos trabalham, os fotógrafos, cineastas e todo mundo. Que é muito interessante. E é realmente diferente. Uma coisa que pode ser que nós brasileiros não consigamos entender isso muito bem, o que é compreensível porque o nosso mundo ele é muito Brasil, é o fato dele não estar muito ligado com esse circuito da américa do sul, ele não faz parte dessa américa latina. Você não vê bandas do Brasil cantando em castelhano. Você pega o Mars Volta, que é dos Estados Unidos mas tem aquela relação com o México, tocam todos os anos na Argentina, tem tipo uma família na Argentina. A namorada do vocalista do Mars Volta é Argentina. E eles quase não toc am no Brasil. Então o Brasil ainda se encontra num patamar ao qual ele tem um puta fluxo de circulação, uma mega produção de rede, mas que não é integrado a América Latina. Então agora ele vai partir a se integrar nesse circuito da América Latina que é muito diferente. América Latina é Europa. Todo o parâmetro que você vai encontrar na América do SUl, como na Argentina, é o europeu. Brasil é Brasil. É uma coisa que só tem aqui. Só funciona aqui e acontece só aqui. Então essa experiência da gente ir pra Espanha é a mesma de ir pra Argentina, porém mais distante. Maior talvez.
Ney Hugo: A gente é de um coletivo lá de Cuiabá que chama Espaço Cubo, que é um membro fundador do Circuito Fora do Eixo. Na verdade o FDE não é um movimento de bandas. É um movimento de tecnologia social que trabalha muito a questão da economia solidária, como as moedas complementares, que são complementares ao Real pra viabilizar o acesso ao produto e a produção, tanto pro cara poder acessar a banda, o disco, DVD, filme, como pra ele poder também produzir aquilo.
Então tem alguns elementos que são carro chefe e a música é um grande carro
chefe disso. E a partir dessa movimentação que teve a ocupação de espaço que as bandas que fazem parte do CFE tomaram, tanto através do processo dos festivais quanto as turnês realizadas em rede. Hoje ao fazer uma turnê em Minas Gerais por exemplo é possível passar por diversas cidades e diversos coletivos através do Fora do Eixo Minas. Então isso que fez com que muitas bandas pudessem circular e foi um estímulo muito forte pra que muitas bandas surgissem. E ao mesmo tempo que a viabilidade daquilo provava que banda não precisava agradar a gravadora e não precisava de uma babá, porque na realidade a gravadora é uma babá. E as bandas começaram a entender a perspectiva da auto gestão, delas mesmo cuidarem dos elementos da carreira, dos elementos técnicos, dos elementos estratégicos e ao mesmo tempo teve uma melhoria estética por não ter o rabo preso com uma gravadora, rádio e tudo mais. A música começou a ser muito mais "vendida" nos shows do que nos CDs. Ainda tem a internet que mudou muito isso. Hoje o cara vai no myspace da banda e baixa as músicas, então o público passou a consumir muito mais isso. E a mídia de grande porte é claro que vai querer vender o jornal, vender a matéria que passa no programa de TV pra esse público que passou a consumir isso. E é aí que a grande mídia passa a vincular pautas a respeito das novas bandas e acaba que não tem mais música independente, é tudo música brasileira. O independente é só o cara que já entendeu, já ta na auto gestão e já ta mais sustentável. E o não independente é a galera que ainda busca a grande gravadora que é um mercado que ta cada vez mais morto e bandas que vão por esse viés já tem 90% de chance de dar errado.
Com o álbum Artista Igual a Pedreiro vocês alimentaram um projeto que na minha visão tem o formato do futuro da distribuição e do consumo da música, que é o Álbum Virtual da Trama.
Kayapi: Já que a tecnologia chegou a um ponto de que a gente consegue ter essas tecnologias de produção mais na mão, tudo se torna muito mais viável dentro dessa perspectiva. Que é fazer o lançamento em download permite você criar mais através dessa relação software e a internet. Tanto software de áudio e de vídeo como o upload e uma série de outras ferramentas que hoje em dia não param de surgir na internet. Então acho que hoje o mercado está cada vez mais caminhando pra isso. Está aprimorando o conhecimento em software e através desse software desenvolver produtos relacionados com o que você está desenvolvendo.
Vocês já se apresentaram em alguns festivais gringos. Que experiência vocês trouxeram pra cá?
Kayapi: Esses festivais na gringa são sempre bons. Você tem uma relação mais próxima com outro nível de produção, outros termos técnicos e tudo mais. Da experiência que ganhamos na Argentina não foi só o fato da gente tocar pro público argentino, mas sim conhecer como as casas noturnas trabalham, conhecer como os técnicos trabalham, os fotógrafos, cineastas e todo mundo. Que é muito interessante. E é realmente diferente. Uma coisa que pode ser que nós brasileiros não consigamos entender isso muito bem, o que é compreensível porque o nosso mundo ele é muito Brasil, é o fato dele não estar muito ligado com esse circuito da américa do sul, ele não faz parte dessa américa latina. Você não vê bandas do Brasil cantando em castelhano. Você pega o Mars Volta, que é dos Estados Unidos mas tem aquela relação com o México, tocam todos os anos na Argentina, tem tipo uma família na Argentina. A namorada do vocalista do Mars Volta é Argentina. E eles quase não toc am no Brasil. Então o Brasil ainda se encontra num patamar ao qual ele tem um puta fluxo de circulação, uma mega produção de rede, mas que não é integrado a América Latina. Então agora ele vai partir a se integrar nesse circuito da América Latina que é muito diferente. América Latina é Europa. Todo o parâmetro que você vai encontrar na América do SUl, como na Argentina, é o europeu. Brasil é Brasil. É uma coisa que só tem aqui. Só funciona aqui e acontece só aqui. Então essa experiência da gente ir pra Espanha é a mesma de ir pra Argentina, porém mais distante. Maior talvez.
Vocês fazem um trabalho forte em promoção da auto-gestão com oficinas e debates. Como é esse trabalho?
Kayapi: Eu acho que o Artista Igual a Pedreiro vem cada vez mais levantando a bandeira nesse sentido. Muitas bandas vem vestindo a camisa dessa proposta. Mais do que vestindo a camisa elas vem adotando isso como conteúdo programático. Temos como exemplo o Burro Morto e Caldo de Piaba que estão na mesma perspectiva do Artista Igual a Pedreiro, ou seja, facilitar ao máximo para que as coisas possam ocorrer, acreditando, investindo e ocupando muito espaço. O Burro Morto é uma banda que assim como o Caldo de Piaba vem consagrando seu espaço. Não só pelo fato delas serem bandas instrumentais, temos também a Mini Box Lunar, o Nevilton, e toda uma galera que vem nessa perspectiva do Artista Igual a Pedreiro, construindo seu caminho através de tijolo por tijolo, investindo e acreditando numa causa. Então a mensagem principal do Artista Igual a Pedreiro é acreditar na sua causa. Acreditar nisso através de uma meta racional. Planejar, executar, utilizar das ferramentas disponíveis tanto na tecnologia quanto da parte mais prática mesmo e tocar o trabalho pra frente.
Com o crescimento da banda a auto-gestão não fica comprometida?
Kayapi: Em nenhum momento. Não tem como a auto-gestão se desvincular da banda.
Ney Hugo: Na verdade a auto-gestão é o que retro-alimenta o crescimento da banda. Então não tem como ser ao contrário.
Kayapi: Mas claro que não é assim também. Tipo a gente tem uma banda, amanhã a gente começa a fazer parte do coletivo, e no outro mês a gente está circulando que a gente vai conseguir adaptar isso. Não, é bem difícil. É um processo em que você tem que estar o tempo todo buscando conciliar essas duas atividades, porém uma não caminha sem a outra. A parte do trabalho da gestão em cima do núcleo que você é responsável dentro do seu coletivo caminha. Ela pode caminhar sem a banda. Mas a banda não caminha. Na banda se você não tiver uma contra partida, se você não tiver uma função estabelecida dentro desse conteúdo todo, vai ser muito difícil dela conseguir caminhar. Isso porque você precisa de técnicas práticas e teóricas pra tudo acontecer. Então é planejamento. Uma turnê que você faz requer um puta planejamento. Os ensaios pra poder agendar e fazer acontecer pra gravar um EP é um outro planejamento. Apesar de ser um ponto bem pequeno dentro de todo o circuito, é muito importante, claro. As bandas tem que ensaiar, tocar, gravar e tudo mais. E isso requer uma sistematização. Você tem cada vez
mais o empenho de desenvolver novos tecs, novas planilhas, ver como você vai estar sistematizando e organizando cada vez mais isso. Conseguir gerenciar seu trabalho na sua cidade e também fora dela. Que é uma meta bem difícil. Porém é uma experiência muito realizadora, aprendi muito. É um laboratório de produção de verdade.
Fica o espaço pra alguma mensagem que a banda queira passar.
Kayapi: Diante disso tudo que a gente vem colocando aqui como Circuito Fora do Eixo que vem desenvolvendo essas novas tecnologias de rede. Você que tiver disposição, pode ser músico, ou pode muitas vezes ainda nem exercer alguma atividade nesse sentido, mas só a sua disposição, vontade de fazer já pode mudar muito a sua vida, os seus caminhos. A sua meta pode talvez não ter muito a ver com o rock mas você pode se encontrar aqui dentro. Você pode se ligar ao audiovisual por exemplo. Então o Circuito Fora do Eixo está aberto, a rede está completamente aberta, sinta-se a vontade pra vir e propor. Com vídeo, ou sem vídeo. Com música ou sem música. Com a sua própria vontade de se inteirar disso aqui. Tem núcleo de comunicação, sonorização, produção de eventos, produção de bandas e etc. Então fica o convite. Acesse www.foradoeixo.org.br e acompanhe tudo o que acontece no Circuito Fora do Eixo.
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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
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Marcadores: Entrevista, Felipe Tavares
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MIU Indica: Bárbara Eugênia - Journal de BAD
A cantora e compositora Bárbara Eugênia, carioca radicada em São Paulo, lançou seu primeiro álbum, intitulado Journal de BAD, contando com a participação de gente de peso. Bárbara começou a ser notada quando gravou duas faixas do premiado filme "O cheiro do ralo", de Heitor Dhália, depois participou, ao lado de Edgar Scandurra, de um tributo a Serge Gainsbourg. Em 2008 a cantora participou do projeto 3 na Massa, que reuniu Pupillo e Dengue, do Nação Zumbi, com Rica Amabis, do Instituto.
O disco trás várias referências musicais, do rock à psicodelia, da chanson à MPB, todas elas juntam-se à rouca vóz de Bárbara, que canta letras vividas por ela mesma, apesar dos floreios. "Não, amigo(a), para o bem ou para o mal, Bárbara Eugênia não é uma cantora/compositora fofa nem fez um disco idem." Journal de BAD é passional e por vezes sincero demais, Bárbara canta "cotidianos em desabridas letras".
O disco conta com a participação de nomes reconhecidos como Karina Buhr, Otto, Edgard Scandurra, Tom Zé, entre outros tantos. A banda é composta por Junior Boca (guitarra, violão, produção e direção musical), Dustan Gallas (baixo, piano, órgão, teclados, mixagem e produção) e Felipe Maia (bateria).
Escute "A Chave" música de abertura do disco Journal de BAD
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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
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Marcadores: Bárbara Eugênia, Bruna Dourado, MIU Indica
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MIU Indica: Zeitgeist
"Não é demonstração de saúde ser bem ajustado a uma sociedade profundamente doente" (Citação que dá início à primeira parte de Zeitgeist Addendum)
Trailer de Zeitgeist: Moving Forward
Links
Site oficial
Zeitgeist: O Filme (legendas em pt/BR)
Zeitgeist Addendum (legendas em pt/BR)
Zeitgeist Movement
Zeitgeist é um documentário produzido pelo diretor e ativista estadunidense Peter Joseph, e foi disponibilizado gratuitamente na internet em 2007, abordando temas polêmicos e dividido em três partes, cada uma dedicada a um tema – Jesus e o cristianismo, 11 de setembro e Reserva Federal dos EUA. No ano seguinte, também grátis na internet, saiu o Zeitgeist Addendum, estruturado de uma forma um pouco diferente. Também dividido em partes, abordava vários assuntos em cada uma, sendo que essas eram relacionadas entre si, não desconexas como no primeiro. Aqui, ao invés de discutir apenas fatos passados, há a apresentação de propostas e a criação do Zeitgeist Movement, que tornou-se necessário, imagino, após a repercussão atingida pelo filme. O Projeto Vênus é o ponto principal da discussão, no qual culminam inclusive os temas abordados no filme anterior, mas agora relacionados tanto à proposta do projeto quanto aos fatos que levaram à sua criação.
Assisti o primeiro filme há um tempo e, por mais que não se possa julgar verdade absoluta tudo o que é exposto no filme (li um artigo de crítica à primeira parte do primeiro Zeitgeist apontando erros na menção de alguns mitos e fatos), achei interessante a forma como tudo foi abordado e, claro, o que foi abordado. Normalmente formamos algumas opiniões e defendemos algumas coisas sem muito embasamento teórico para tanto. O documentário serve como fonte e enriqueceu minha argumentação a respeito dos assuntos. Não que tenha acreditado cegamente em tudo o que é dito, mas concordo com bastante coisa. Principalmente a parte do atentado de 11 de setembro.
Nesse segundo filme tudo faz muito mais sentido, além de trazer a apresentação de um projeto de sociedade sustentável que não tinha dimensão e nem imaginava já ter sido idealizado. Por mais que o segundo faça sentido por si só, recomendo que quem for assistir veja o primeiro antes. A questão da Reserva Federal estadunidense é muito abordada nesse segundo filme, e o conteúdo das outras duas partes também serve de argumento em alguns momentos. Para não prolongar muito este texto registrando as minhas impressões de cada um dos filmes, sugiro que assistam. Não precisa ser crítico e revoltado eterno, pode ser conservador e contrário a qualquer uma dessas propostas, mas, mais do que apontar erros e fazer propostas, documentários como esse são excelentes exercícios de consciência e de capacidade de raciocínio, visto que é preciso bastante fôlego para processar tanta informação. São duas horas de bombardeio ideológico, não da forma alienante, mas de forma detalhada e compreensível. Outra questão que faz esse segundo documentário merecer tanta atenção é a sua aparente isenção de ideologias prontas. Não temos aqui um documentário de esquerda ou direita, mas uma visão ampla de falhas em todos os sistemas econômicos e políticos já implantados até hoje.
Ao redor do mundo pessoas se reúnem para discutir o movimento Zeitgeist, incentivado pela própria produção e organização dos filmes. Não me considero uma pessoa engajada ao ponto de já fazer qualquer coisa em prol das ideias do movimento, mas acho que essa é uma ideia que deve ser passada. E melhor do que relatar passo a passo o que há de interessante e merecedor de atenção em cada um dos filmes, prefiro sugerir que assistam e tirem suas próprias conclusões. E o interessante é que, não como outros documentários desse estilo, que acabam caindo no esquecimento, este, por ser pautado na divulgação na internet e até por ser recente, segue se renovando, trazendo mais ideias.
Em janeiro de 2011 estreará o terceiro Zeitgeist, dessa vez com o subtítulo Moving Forward (não vi tradução ainda). O tema será basicamente o do segundo filme, ainda seguindo as ideias do Projeto Vênus, aprofundando ainda mais a ideologia da economia baseada em recursos.
Trailer de Zeitgeist: Moving Forward
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Site oficial
Zeitgeist: O Filme (legendas em pt/BR)
Zeitgeist Addendum (legendas em pt/BR)
Zeitgeist Movement
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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
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Marcadores: Augusta Deluca, MIU Indica, Zeitgeist
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MIU Entrevista: Finlandia, o duo que vale por mil
Sábado passado, dia 4/12, o MIU esteve no Festival Marreco de Patos de Minas e aproveitamos pra entrevistar o duo Finlandia, que se apresenta pela segunda vez em Uberlândia sábado que vem, dia 11/12, no Vinil.
O show foi incrível e certamente roubou a atenção do público. Nem o dia chuvoso conseguiu desanimar a galera que pulou como poucas vezes vemos nos festivais. Confira a entrevista logo abaixo e conheça a banda em www.finlandiamusica.com.
O show foi incrível e certamente roubou a atenção do público. Nem o dia chuvoso conseguiu desanimar a galera que pulou como poucas vezes vemos nos festivais. Confira a entrevista logo abaixo e conheça a banda em www.finlandiamusica.com.
A banda é formada por um brasileiro e um argentino e o nome é Finlandia. De onde vem isso?
Maurício: O nome é porque na Finlandia a música tem uma característica melancólica, um pouco dramática. Então a imagem que o país Finlandia nos passa é essa.
Raphael: E tem uma língua chamada Finklandia que quer dizer música de viajante. Saiu até uma nota na Argentina falando disso. Que é o prefixo fink. E tem tudo a ver com a gente, porquê nós não paramos de viajar.
O som de vocês é bastante experimental com uma mistura entre o eletrônico e a música folclórica. Vocês usam instrumentos eruditos, no caso o violoncelo, populares, como o acordeon, e moderno, que seria as programações. Como é essa mistura?
Raphael: A gente fica até meio preocupado em entrar no palco em festivais como aqui no Marreco, no Calango, que foi praticamente palcos de música que tinham bandas com guitarra. Claro que tem uma diversidade muito grande. Hoje em dia o público é muito mais eclético. Mas a gente sempre fica com um friozinho na barriga. A gente pensa: ta rolando um rock e agora a gente vai entrar com uma Cumbia. O que vai acontecer? A gente nunca sabe. Mas a aceitação está sendo boa, até porque é um projeto instrumental. Então a gente até se surpreende por estar conseguindo se bancar, fazer turnê e tudo mais. Vamo ver onde isso tudo vai dar. Mas eu vejo também muitas bandas instrumentais se dando muito bem. Acho que o mercado pra música instrumental está crescendo muito no independente, que é muito dependente. Então vamo ver onde isso vai dar e se divertir, porque é isso que importa.
As vezes uma associação mais óbvia é com o Tango Eletrônico, e o maior expoente do gênero é o Gotan Project. Então como vocês vêem essa aproximação do Finlandia com o Gotan?
Maurício: O tango eletrônico é sim uma influência. Gotan Project é mais conhecido. Mas existe muitas outras bandas de tango eletrônico que tem na Argentina e na Europa.
Raphael: Certamente essas são uma influência pra nós. A música folclórica nos atrai muito também. Música folcórica digamos tradicional também combinada com o eletrônico. Fazer essa fusão e colocar o violoncelo que é um instrumento erudito, com um timbre muito erudito. Tinha um cara alí querendo me reger sinalizando com as mãos. Então é um instrumento que trás essa carga visual e sonora.
Esse tanto de estilo folcórico fundido no som de vocês mostra um comprometimento com o estudo das músicas populares, a busca de sonoridades e influências. E até mesmo o estudo erudito, no caso do violoncelo. Como é esse processo?
Raphael: A gente ta bem preocupado com isso. Em analisar bem os ritmos. Até porque a gente passou por alguns países e presenciamos alguns ritmos maravilhosos que eu particularmente não conhecia, que é o Huayno do norte argentino e vários outros. A gente é muito preocupado em focar aí pra daí fazer a fusão.
A banda agora ta vivendo na estrada. Desde julho foram mais de 50 shows. Como está sendo essa experiência?
Maurício: É difícil. Não voltar pra casa é complicado.
Raphael: A gente começou dia primeiro de julho lá no Chile e a idéia era fazer dez shows. E chegou hoje a 54. Mas é o que eu estou sempre falando. A gente vai passar o natal em casa com a família. Porque estamos a seis meses viajando. A cara de cansado não nega. E que bom né.
Maurício: Que bom mesmo. Porque é difícil poder fazer isso tocando música instrumental.
Vocês já tem um EP e um CD. Quais os planos pra frente?
Raphael: A gente ta muito feliz com os planos que estão acontecendo para o próximo ano. Tem muita coisa que estamos planejando mas primeiro a idéia é lançar um novo CD que chama Carnavales, que vai ser lançado em março, e vai abranger carnavais da américa do sul. Carnaval da Bolívia, do Uruguai, carnavais que a gente pode dar uma olhada e tem uma outra veia, que não é tão folia como no Brasil, mas que é muito profundo, até dramático. Eles tem uma vestimenta própria, usam máscaras. E a gente quer trazer um pouco disso. Estamos estudando os ritmos e vai entrar alguns como Saya, Baguala, que são ritmos aí dos nossos países vizinhos que a gente mal conhece. E o bom desse disco é que estamos conseguindo várias participações muito legais. Não vou divulgar agora porque ainda não estão gravadas, e só acredito quando estiverem gravadas. Mas estão confirmadas participações muito legais do Brasil, do México, da Argentina, do Peru, de Cuba e do Chile. Aí pro próximo ano outra turnê dessa gigantesca, mas vamos passar o natal em casa. (risos)
Fica o espaço pra qualquer assunto que queiram abordar.
Raphael: Tem muita musicalidade legal dos nossos países vizinhos aqui, da Bolívia, Uruguai, e a gente não conhece. Eu também não conhecia. Conheci nesse projeto um ritmo que eu fiquei apaixonado que é o Huayno. E tem muitos outros maravilhosos. Igualmente do outro lado. Eles não conhecem muita coisa daqui. E a gente tem uma riqueza gigantesca. Eu queria que as pessoas procurassem mais conhecer os países vizinhos. E eles também. A gente tem a ciranda que é maravilhosa, o maracatu. E eles tem a Saya, Copla, Baguala, Huayno que são ritmos maravilhosos também. Vale a pena dar uma pesquisada e escutar esses sons.
Sábado o show é em Uberlândia. Que mensagem vocês querem mandar pro pessoal?
Raphael: Apareçam no Vinil mas vá com vontade de dançar. Se não tiver com vontade de dançar tome um energético, sei lá, uma bomba pra poder dançar muito.
Maurício: O nome é porque na Finlandia a música tem uma característica melancólica, um pouco dramática. Então a imagem que o país Finlandia nos passa é essa.
Raphael: E tem uma língua chamada Finklandia que quer dizer música de viajante. Saiu até uma nota na Argentina falando disso. Que é o prefixo fink. E tem tudo a ver com a gente, porquê nós não paramos de viajar.
O som de vocês é bastante experimental com uma mistura entre o eletrônico e a música folclórica. Vocês usam instrumentos eruditos, no caso o violoncelo, populares, como o acordeon, e moderno, que seria as programações. Como é essa mistura?
Raphael: A gente fica até meio preocupado em entrar no palco em festivais como aqui no Marreco, no Calango, que foi praticamente palcos de música que tinham bandas com guitarra. Claro que tem uma diversidade muito grande. Hoje em dia o público é muito mais eclético. Mas a gente sempre fica com um friozinho na barriga. A gente pensa: ta rolando um rock e agora a gente vai entrar com uma Cumbia. O que vai acontecer? A gente nunca sabe. Mas a aceitação está sendo boa, até porque é um projeto instrumental. Então a gente até se surpreende por estar conseguindo se bancar, fazer turnê e tudo mais. Vamo ver onde isso tudo vai dar. Mas eu vejo também muitas bandas instrumentais se dando muito bem. Acho que o mercado pra música instrumental está crescendo muito no independente, que é muito dependente. Então vamo ver onde isso vai dar e se divertir, porque é isso que importa.
As vezes uma associação mais óbvia é com o Tango Eletrônico, e o maior expoente do gênero é o Gotan Project. Então como vocês vêem essa aproximação do Finlandia com o Gotan?
Maurício: O tango eletrônico é sim uma influência. Gotan Project é mais conhecido. Mas existe muitas outras bandas de tango eletrônico que tem na Argentina e na Europa.
Raphael: Certamente essas são uma influência pra nós. A música folclórica nos atrai muito também. Música folcórica digamos tradicional também combinada com o eletrônico. Fazer essa fusão e colocar o violoncelo que é um instrumento erudito, com um timbre muito erudito. Tinha um cara alí querendo me reger sinalizando com as mãos. Então é um instrumento que trás essa carga visual e sonora.
Esse tanto de estilo folcórico fundido no som de vocês mostra um comprometimento com o estudo das músicas populares, a busca de sonoridades e influências. E até mesmo o estudo erudito, no caso do violoncelo. Como é esse processo?
Raphael: A gente ta bem preocupado com isso. Em analisar bem os ritmos. Até porque a gente passou por alguns países e presenciamos alguns ritmos maravilhosos que eu particularmente não conhecia, que é o Huayno do norte argentino e vários outros. A gente é muito preocupado em focar aí pra daí fazer a fusão.
A banda agora ta vivendo na estrada. Desde julho foram mais de 50 shows. Como está sendo essa experiência?
Maurício: É difícil. Não voltar pra casa é complicado.
Raphael: A gente começou dia primeiro de julho lá no Chile e a idéia era fazer dez shows. E chegou hoje a 54. Mas é o que eu estou sempre falando. A gente vai passar o natal em casa com a família. Porque estamos a seis meses viajando. A cara de cansado não nega. E que bom né.
Maurício: Que bom mesmo. Porque é difícil poder fazer isso tocando música instrumental.
Vocês já tem um EP e um CD. Quais os planos pra frente?
Raphael: A gente ta muito feliz com os planos que estão acontecendo para o próximo ano. Tem muita coisa que estamos planejando mas primeiro a idéia é lançar um novo CD que chama Carnavales, que vai ser lançado em março, e vai abranger carnavais da américa do sul. Carnaval da Bolívia, do Uruguai, carnavais que a gente pode dar uma olhada e tem uma outra veia, que não é tão folia como no Brasil, mas que é muito profundo, até dramático. Eles tem uma vestimenta própria, usam máscaras. E a gente quer trazer um pouco disso. Estamos estudando os ritmos e vai entrar alguns como Saya, Baguala, que são ritmos aí dos nossos países vizinhos que a gente mal conhece. E o bom desse disco é que estamos conseguindo várias participações muito legais. Não vou divulgar agora porque ainda não estão gravadas, e só acredito quando estiverem gravadas. Mas estão confirmadas participações muito legais do Brasil, do México, da Argentina, do Peru, de Cuba e do Chile. Aí pro próximo ano outra turnê dessa gigantesca, mas vamos passar o natal em casa. (risos)
Fica o espaço pra qualquer assunto que queiram abordar.
Raphael: Tem muita musicalidade legal dos nossos países vizinhos aqui, da Bolívia, Uruguai, e a gente não conhece. Eu também não conhecia. Conheci nesse projeto um ritmo que eu fiquei apaixonado que é o Huayno. E tem muitos outros maravilhosos. Igualmente do outro lado. Eles não conhecem muita coisa daqui. E a gente tem uma riqueza gigantesca. Eu queria que as pessoas procurassem mais conhecer os países vizinhos. E eles também. A gente tem a ciranda que é maravilhosa, o maracatu. E eles tem a Saya, Copla, Baguala, Huayno que são ritmos maravilhosos também. Vale a pena dar uma pesquisada e escutar esses sons.
Sábado o show é em Uberlândia. Que mensagem vocês querem mandar pro pessoal?
Raphael: Apareçam no Vinil mas vá com vontade de dançar. Se não tiver com vontade de dançar tome um energético, sei lá, uma bomba pra poder dançar muito.
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terça-feira, 7 de dezembro de 2010
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Marcadores: Entrevista, Felipe Tavares
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O capítulo final do Diário de um Palhaço
"Um espetáculo não termina quando se fecham as cortinas, o artista vive diariamente a grande magia de sê-lo" (J.S)
Diário de um palhaço- 3º dia
Hoje foi ultimo e decisivo dia da oficina, o mata moscas esta quase aposentado, mas nossa generala ainda o ergue em alguns momentos, estou mais seguro, ou não, melhor ainda estou mais seguro na minha insegurança, quando o nariz vermelho entra em cena, me desconstruo, me descrio, me sinto uma criança olhando o mundo pela primeira vez, sobre a incrivel perspectiva acima de uma esfera vermelha. Sinceridade, vontade, timidez, medo, felicidade, desconcerto, tudo flui de uma forma mais simples e pura, consigo me diluir cada vez mais. Tutti nasce, em um desfile, inseguro, exitante, poético em seu mundo silêncioso cercado de cometas, histórias em quadrinho e paixões, me emociono ao falar dele, tão eu, mas um eu em estado liquido sem a dureza do ser Artur. Contece um batismo e saimos para o mundo real, tudo é lindo, uma vontade de tocar e acariciar e brincar me domina, tudo é tão colorido e delicioso, os doces, as pimentas até a cachaça do Mercado Municipal me parece diferente, preciso de um nariz melhor por falar nisso, senti muita falta dos cheiros e do respirar profundamente, mas isso posso providenciar com o tempo. Quando tiro o nariz e volto para o mundo solido demoro um tempo para encontrar minha lingua, o silêncio mágico me domina por um tempo a mais. Estar em estado de Clown é se apaixonar a cada instante pelo ser, pelo estar, pelo viver. A despedida será triste, mas tenho certeza de que sempre lembraremos do dia em que nascemos palhaço.
Artur Ayroso
Diário de um palhaço- 3º dia
Hoje foi ultimo e decisivo dia da oficina, o mata moscas esta quase aposentado, mas nossa generala ainda o ergue em alguns momentos, estou mais seguro, ou não, melhor ainda estou mais seguro na minha insegurança, quando o nariz vermelho entra em cena, me desconstruo, me descrio, me sinto uma criança olhando o mundo pela primeira vez, sobre a incrivel perspectiva acima de uma esfera vermelha. Sinceridade, vontade, timidez, medo, felicidade, desconcerto, tudo flui de uma forma mais simples e pura, consigo me diluir cada vez mais. Tutti nasce, em um desfile, inseguro, exitante, poético em seu mundo silêncioso cercado de cometas, histórias em quadrinho e paixões, me emociono ao falar dele, tão eu, mas um eu em estado liquido sem a dureza do ser Artur. Contece um batismo e saimos para o mundo real, tudo é lindo, uma vontade de tocar e acariciar e brincar me domina, tudo é tão colorido e delicioso, os doces, as pimentas até a cachaça do Mercado Municipal me parece diferente, preciso de um nariz melhor por falar nisso, senti muita falta dos cheiros e do respirar profundamente, mas isso posso providenciar com o tempo. Quando tiro o nariz e volto para o mundo solido demoro um tempo para encontrar minha lingua, o silêncio mágico me domina por um tempo a mais. Estar em estado de Clown é se apaixonar a cada instante pelo ser, pelo estar, pelo viver. A despedida será triste, mas tenho certeza de que sempre lembraremos do dia em que nascemos palhaço.
Artur Ayroso
O último dia. E aí que se fecham as cortinas e a magia termina?! Não, pelo contrário, é o dia do nascimento do clown. Simples, mais eu do que eu mesma, graciosa e curiosa com o mundo lá fora. Treinamos diversos números, todos muito tímidos, mas que arrancavam boas gargalhadas!
Nariz colocado, "eu Maria Clowndia, te batizo Risólis, para alegrar o mundo!", que emocionante. O mata moscas era a espada dos cavaleiros da Távola, fomos ali nomeados os cavaleiros da alegria! Pudemos então descer até o pátio do mercado e conhecer melhor a figura do nosso palhaço, e esse contato foi muito intenso pra mim. As pessoas dão um sorriso sem perceber, afinal aquela figura é emblemática e traz muitas lembranças. Mexe com todos, mexeu muito com meu coração.
Agora o desabrochar de Risólis é comigo, portanto, não estranhem se encontrar por aí uma palhacinha colorida e cheia de charme!
Jamile Salomão
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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
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MIU Indica: "Vida sobre rodas"
Estou de férias em São Paulo e, portanto, tentando aproveitar ao máximo a vida cultural da cidade. Pena que o orçamento não permite tanta curtição assim. Mas, para minha alegria, cheguei na cidade na semana de estreia de um documentário incrível sobre o skate no Brasil. "Vida sobre rodas" conta como o skate virou um dos esportes mais praticados no país(dizem que só perde para o futebol), e mostra a trajetória dos pioneiros Sandro Dias, Bob Burnquist, Lincoln Ueda e Cristiano Matheus.
Como estudante de jornalismo, o que mais me impressionou foi a maneira preconceituosa que a mídia tratava os skatistas no início do movimento. Mostra o poder de destruição que os formadores de opinião tem quando o assunto é cultura urbana e undergroud. Nada que impedisse que esses caras conquistassem o mundo sobre rodinhas!
Como o documentário é independente, vai ser mais fácil procurar na internet depois. Mas quem tiver a chance de ver, vai entender bastante como as questões políticas e econômicas influencia no surgimento de movimentos culturais urbanos.
Se não conseguir achar "Vida sobre rodas" por aí, dá pra ter uma ideia do que era ser skatista 20 anos atrás pelo documentário "Dirty Money", sobre uma fita VHS de skate, a primeira do gênero feita no Brasil. Esse tem download gratuito no site.
Já que embed do trailer de "Vida sobre rodas" deu tilt (todos os 5 que tentei), é só clicar aqui pra ver do que se trata!
Como estudante de jornalismo, o que mais me impressionou foi a maneira preconceituosa que a mídia tratava os skatistas no início do movimento. Mostra o poder de destruição que os formadores de opinião tem quando o assunto é cultura urbana e undergroud. Nada que impedisse que esses caras conquistassem o mundo sobre rodinhas!
Como o documentário é independente, vai ser mais fácil procurar na internet depois. Mas quem tiver a chance de ver, vai entender bastante como as questões políticas e econômicas influencia no surgimento de movimentos culturais urbanos.
Se não conseguir achar "Vida sobre rodas" por aí, dá pra ter uma ideia do que era ser skatista 20 anos atrás pelo documentário "Dirty Money", sobre uma fita VHS de skate, a primeira do gênero feita no Brasil. Esse tem download gratuito no site.
Já que embed do trailer de "Vida sobre rodas" deu tilt (todos os 5 que tentei), é só clicar aqui pra ver do que se trata!
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14:32
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
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Marcadores: MIU Indica, Skate, Vida Sobre Rodas
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